segunda-feira, 30 de junho de 2008

Sobre vícios




Odeio vícios. Pode ser charmoso fumar, divertido beber, alternativo usar drogas que alteram a consciência e até mesmo algo de mentes brilhantes cheirar cocaína vez ou outra. Mas o que mais me pega no vício não é morrer de overdose, não é pensar no que meus pais vão dizer, nem é ser presa. O que me mata é a falta de liberdade que o vício trás. Vício engessa a gente, deixa o mundo sem graça quando não temos a droga á disposição. Quem é viciado, não vive sem o vício. Tenho pais fumantes e já vi os dois bringando em festa por causa de bitucas pisadas de cigarro. E isto marcou bem. Tenho horror á cigarro.

E aos outros vícios. Passei boa parte da minha vida fugindo deles. Quando criança, eu chupava chicletes e balas, mas ficava me policiando para que isto não fosse além da diversão. Isto porque, antes de chicletes ou balas, eu tinha passado pelo álcool. Feio de se contar, (talvez agora, mas contei isto como vantagem por muito tempo) mas meu primeiro coma alcóolico foi aos sete anos de idade, furando tampinhas da coleção de cachaça do meu pai. Mas depois disso, só fui beber aos 18 anos e só vinho e muito de vez enquando.

Conheci a tal maconha bem cedo, aos 13 anos, mas nas mãos de uma amiga mais velha que ia fumar pela primeira vez e me queria como testemunha. Não cheguei nem muito perto, como medo que o cheiro me pegasse. Não pegou.


Na faculdade, tive amigos que me apresentaram todo o cardápio possível das drogas antigas, das novas e das alternativas. Eu acompanhava, brincava, ia ao pasto da faculdade de agronomia buscar cogumelos para o chá, mas nunca tomei. Era a maluca mais cara limpa do curso de comunicação.


E foi na universidade que comecei a beber pra valer. Mas mesmo a bebida não era um vício. Acho que gostava mais de falar que bebia pra valer do que realmente beber Ia a algumas festas e não bebia absolutamente nada. Ou leite. E me divertia da mesma forma.


Mas hoje, me confesso viciada. Totalmente. E a falta da droga está me deixando mal. Passo por crises de mau humor. Momentos de devaneios no meio do dia. Grandes ascessos de sono no meio da tarde por falta da droga. E grandes crises de insônia no meio da noite, sentindo falta da "marvada".


Os problemas começaram assim que me mudei para o apartamento do meu pai, na última quarta-feira. No apartamento, minha gente, não há internet á cabo!!! Só wirelles!!! E o meu computador não é assim tão avançado. Então, só poderia acessar do trabalho, certo? Errado!!! Entrei de férias! Então, compre uma placa, certo? Errado! Cadê a grana para a placa?! Sou uma viciada prestes a vender os brincos de ouro que ganhei da madrinha para alimentar meu vício.


Neste momento, mato a crise de abstinência escrevendo do notebook do meu pai, que gentilmente deixou que eu ficasse com ele enquanto ia visitar uma amiga. Espero que demore bastante!!!

P.S.: Meu computador (que eu amava tanto) está no canto, magoado, me olhando com um olhar sentido... mas para mim, não passa de uma ferramenta inútil no momento.


3 comentários:

Kassandra Valduga disse...

Eu estou começando a ficar viciada. Isso é preocupante.

Criska disse...

Pai, Senhor! Me livrai desse vício tbm! Amém.

Raíssa disse...

tadinho do seu antigo computador =x