segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Etiqueta e os caixas eletrônicos

caixa-eletronico
Muita gente acredita que etiqueta seja algo para gente fresca, que nada tem a ver consigo, ou com seu vizinho, ou com sua família. No máximo com aquela prima chique que tem melhores dotes financeiros que os seus. Ou talvez algo que devesse aprender para o caso de ser convidado para almoçar com o chefe num restaurante elegante e não cometer alguma gafe ao comer um frango.

Mas etiqueta não é nada disto. Vai além de se portar bem à mesa ou com frescura. Até mesmo os dicionários andam desatualizados no que diz respeito à etiqueta, definida como:

1. Conjunto de cerimônias adotadas na corte e na alta sociedade. 2. Trato cerimonioso. 3. O cerimonial da alta sociedade ou de outra que ridiculamente a queira imitar (Fonte: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=etiqueta)

A etiqueta moderna está muito mais ligada à gentileza, educação e bom senso. Ela é a pequena ética, um conjunto de atitudes e ações bem corriqueiros que nos ajudam a ter civilidade. É não falar alto, dizer “por favor” e “obrigado”, ceder a cadeira para os idosos e grávidas, usar corretamente o caixa de dez unidades.

E uma grande falta de educação e finesse eu observo diariamente nos caixas eletrônicos ou, como eram chamados, caixa-rápidos. Eram pra ser rápidos, não fossem alguns indivíduos que resolvem pagar as contas de água, luz, telefone, tv paga, celular, a prestação do carro e da casa, depositar dinheiro para a mãe, tudo de uma vez em um lugar onde só há um único caixa eletrônico. A fila engrossando atrás da pessoa e ela, pacientemente, digitando os números do código de barras que não pôde ser lido pela máquina. Às vezes, atrás dele está uma alguém que só quer sacar R$ 10 para pagar o táxi. E a pessoa lá, como se tivesse tomado posse do caixa.

Não sou contra o uso do serviço, afinal, ele ajudou muito a agilizar a nossa atribulada vida, mas acho que, como diria meu amigo Ramiro Bavier, bom senso nunca é demais. Três pequenas sugestões:

Organize-se. Vai pagar muitas contas? Disponibilise tempo antes do trabalho, no caminho para casa e passe em uma agência bancária, no shopping ou outro local que tenha muitos caixas eletrônicos à disposição. Tem mais rotatividade, a pessoa que vai pagar só uma conta ou fazer um depósito não terá que esperar você calcular os juros do empréstimo eletrônico e decidir se vale a pena pra pagar o cartão de crédito.

Seja gentil. Caso vá no local que só tem um caixa, verifique se há fila. Se houver, faça só um pagamento ou transferência de urgência. Caso seja só você por lá, sem problemas. Mas se aparecer alguém, pergunte se esta pessoa vai fazer algo simples, como um saque e ceda a vez a ela, e só depois volte para seus boletos.

Use a internet. Os bancos têm investido bastante para que o cliente tenha a sua disposição o maior número de serviços pela internet e com segurança. E hoje muita gente tem acesso fácil à rede. Você tem medo que roubem sua senha? Dicas simples: use o site do banco do seu computador, não o do trabalho ou do cyber café. Mantenha seu computador com antivírus atualizado. Sempre digite o endereço eletrônico do seu banco, nunca clique em links mandados para seu e-mail sem que saiba a origem. Verifique se, ao acessar o site, aparece na caixa de endereços o prefixo https . O “s” aparece em caso de site seguro, com certificação de segurança digital. O cadeadinho que aparece no canto inferior direito do seu navegador significa a mesma coisa. Caso caia na fraude bancária online, os bancos são obrigados a estornar o dinheiro e fazem isto com bastante rapidez.

Desta forma, você contribui para que o serviço seja rápido e eficiente e as pessoas, menos estressadas. Questão de etiqueta. Questão de bom senso.