terça-feira, 25 de novembro de 2008

Filmes e recordações da minha vida

Eu tinha cinco anos quando entrei pela primeira vez numa sala de cinema. Era o Cine Brasil, na Praça 7 de Setembro, em Belo Horizonte. Era um daqueles cinemas grandes e antigos, do tipo teatro, com dois andares de cadeiras. Destes que hoje viraram alguma igreja evangélica.

Para uma menina de cinco anos, magrinha e elétrica, tudo era novo, escuro e fascinante. Ainda existiam lanterninhas e lembro com clareza da minha mãe me puxando pela mão e pedindo pra eu seguir o moço com a luzinha. Mas eu não tirava os olhos era da tela enorme em frente as cadeiras.

Muita emoção para um dia só. Conheci o cinema assistindo a um dos que viriam a ser o clássico do cinema americano e dos efeitos especiais: E.T. - O Extraterrestre.

Me apaixonei não só pelo alienígena baixinho, com dedo brilhante que queria voltar para casa, mas também pelo Spielberg. Tá, na época eu não tinha a menor noção de que existiam diretores, produtores, atores e tudo o mais por trás de um filme. Mas serviu bem como referência.

Daí para frente, por mais que frequentasse o cinema, os filmes que me causaram grande impressão não foram assistidos nas telonas. Me foram humildemente apresentados na Sessão da Tarde ou no Corujão.

Aliás, a primeira vez que fiquei sem sonho para assistir uma Corujão, por volta dos meus doze anos, me deparei com nada menos que Poltergeist (mais uma vez, Spielberg). Lembro que, apesar de estar sozinha na sala, em frente à televisão, não conseguia deixar de ver. E daí, começou uma paixão momentanea: livros de terror. Não via muitos filmes, mas devorei uma boa quantidade de livros de terror que viraram filmes depois. Mas foi só uma fase. Hoje não gosto mais nem dos livros, nem dos filmes. Mas assisto Supernatural!

Este post é só para inaugurar mais um quadro do blog, porque achei que daria para escrever só um post, mas quando fui listar os dez filmes que mais me impressionaram na vida, vi que não dá pra parar em dez.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Desabafo de mãe

Quadro "Brincadeira de Criança" do artista plástico Ivan Cruz


Eu moro em Palmas desde 1993 e, naquela época, eu não tinha nenhuma pretensão de ser mãe. Andava nas ruas despreocupada pela madrugada à fora, sem me dar conta de que minha mãe, que já era mãe, se preocupava com isto e ... sofria. Não demonstrava, mas sofria. E a Palmas daquela época nada tinha de assustador, pelo menos por aqui no Plano Diretor, onde mal assaltos eram registrados.

Hoje, diferenças enormes pela cidade que já tem seus inúmeros casos de estupros, assassinatos e desaparecimentos. E hoje, eu sou mãe. Agora chegou a minha vez de me preocupar e.... sofrer.

Não ainda com os assassinatos, assaltos e estupros. Meu filho ainda anda comigo ou com um responsável, ainda não se aventura sozinho pela selva. Mas não é só aí que uma mãe se preocupa. Também nos preocupamos exatamente com isto. Tenho um filho sozinho, sem amigos além da escola, o que frustra demais uma mãe que foi criada jogando bete na rua. Eu aprendi a andar de bicicleta na rua, a traçar um garrafão, a pular corda e elástico, a ganhar malícia nas negociações de troca de figurinhas nos jogos de bafo.

Meu filho está aprendendo que a rua é feia, má, perigosa. Que a televisão salva e que os heróis da TV são os únicos capazes de superpoderes. Eu testava meus superpoderes em rampas improvisadas de madeira para o patins. Para ele, um braço ralado é ferimento demais para que ele possa suportar. Para mim, joelhos ralados, olhos roxos, tampos de dedão arrancados no asfalto por tentar chutar sem tênis uma bola, eram troféus. Cada cicatriz na minha canela tem uma história. As canelas do meu filho ainda são cadernos em branco.

Não sei se nos outros bairros desta cidade acontece a mesma coisa. Mas na minha quadra existe uma praça maravilhosa. Certo. Ela tem pinheiros. Nada típico daqui. Nada a ver com o clima tocantinense. Eu abria a janela do meu quarto e, caso tivesse um ar condicionado, poderia pensar que estou em Nova Iorque, frente ao Central Park. Só por aí, já é possível uma boa dose de fantasia. Mas não existem crianças brincado nesta praça. Porque? Eu não sei. Posso te dar várias suposições, mas não sei explicar.

Houve época em que ela tinha crianças. Meu filho deu seus primeiros passos e desceu de escorregador por ali pela primeira vez. Quando ainda existia um parquinho, com um círculo de areia branca e sem cacos de vidro.

Como pode uma cidade perder um espaço destes? Uma praça não é só um enfeite. Deveria ser um espaço de convívio social, mas os condomínios fechados, com seus playgrounds internos mataram a praça e a infância das crianças da quadra.

Decidi mudar esta realidade. E agora estou atrás dos vizinhos que eu conheci empurrando carrinhos com os bebês que ainda puderam aproveitar a sombra dos pinheiros. Estes bebês hoje já tem cinco ou seis anos de idade. Eles já podem ter turminhas para brincar de pega-pega na praça enorme. Então, vamos juntar esta molecada. A praça é perigosa? Vamos exigir policiamento. A praça é suja? Vamos limpá-la e exigir a conservação.

Não. Porque não? Os pais não têm tempo. A semana é corrida, trabalho, faculdade, pós-graduação.

Vamos continuar a enjaular nossas ferinhas? Não! Vamos lutar por este espaço!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Primeiro podcast: uma piada!!!

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O meu primeiro podcast é, na verdade, uma piada. Há tempos que estou tentando entender o que é podcast, como fazer, como postar e tudo o mais. Aí, fui ajudar um amigo a fazer um trabalho para a faculdade, um comercial de rádio. Ficou triste, como vocês podem conferir aí em cima! Eu nunca tive muita vocação para o teatro, quanto mais para a radionovela. Rimos muito para fazer este trechinho de comédia. E ele sugeriu: Põe no seu blog, como podcast.

E aí está. Isto nem é um podcast, é só um treino. O conceito de podcast é muito maior. Mas espero que tenham gostado dos guarda-chuvas Bella Umbrella.

Em breve, trarei um podcast de verdade, com uma explicação do conceito (não muito chata) junto com um tutorial de como fazer!!!