Conheci a tal maconha bem cedo, aos 13 anos, mas nas mãos de uma amiga mais velha que ia fumar pela primeira vez e me queria como testemunha. Não cheguei nem muito perto, como medo que o cheiro me pegasse. Não pegou.
Na faculdade, tive amigos que me apresentaram todo o cardápio possível das drogas antigas, das novas e das alternativas. Eu acompanhava, brincava, ia ao pasto da faculdade de agronomia buscar cogumelos para o chá, mas nunca tomei. Era a maluca mais cara limpa do curso de comunicação.
E foi na universidade que comecei a beber pra valer. Mas mesmo a bebida não era um vício. Acho que gostava mais de falar que bebia pra valer do que realmente beber Ia a algumas festas e não bebia absolutamente nada. Ou leite. E me divertia da mesma forma.
Mas hoje, me confesso viciada. Totalmente. E a falta da droga está me deixando mal. Passo por crises de mau humor. Momentos de devaneios no meio do dia. Grandes ascessos de sono no meio da tarde por falta da droga. E grandes crises de insônia no meio da noite, sentindo falta da "marvada".
Os problemas começaram assim que me mudei para o apartamento do meu pai, na última quarta-feira. No apartamento, minha gente, não há internet á cabo!!! Só wirelles!!! E o meu computador não é assim tão avançado. Então, só poderia acessar do trabalho, certo? Errado!!! Entrei de férias! Então, compre uma placa, certo? Errado! Cadê a grana para a placa?! Sou uma viciada prestes a vender os brincos de ouro que ganhei da madrinha para alimentar meu vício.
Neste momento, mato a crise de abstinência escrevendo do notebook do meu pai, que gentilmente deixou que eu ficasse com ele enquanto ia visitar uma amiga. Espero que demore bastante!!!
P.S.: Meu computador (que eu amava tanto) está no canto, magoado, me olhando com um olhar sentido... mas para mim, não passa de uma ferramenta inútil no momento.