quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A chuva e São Pedro


Eu tinha jurado para mim mesma que não ia escrever sobre a chuva. Me recusava a cair no lugar comum de todas as pessoas de Palmas, vibrando com a chuva. Não que eu não esteja vibrando. Tenho em mim também o pensamento sertanejo de Graciliano Ramos, propagado no msn de um amigo: Perto de muita água tudo é feliz. Mas é assim, cai chuva no asfalto de Palmas e todo mundo escreve no blog, nas frasezinhas do msn e nos telejornais também chove, mas em reportagens sobre a chegada da temporada molhada, depois de quase quatro meses de seca.

Tudo bem. Nunca fui boa de acordos comigo, mesmo. Então resolvi escrever não só sobre a chuva, mas também sobre São Pedro.

A chuva este ano não atrasou muito, apesar do calorão destes dias ter nos dado esta impressão. Escrevi sobre a primeira chuva depois da estiagem no dia 20 de setembro de 2007. Descobri que meu blog já serve, senão para os outros, pelo menos para mim mesma, como registro histórico. Segundo a sabedoria cabocla do meu pai, estes cinco dias de diferença não são atraso. É que a chuva obedece ao calendário lunar, e cai sempre dois dias depois de uma mudança de fase. Não é que entramos em quarto crescente no dia 22??? Quase fiquei impressionada.

E este é meu comentário sobre a chuva. Sobre São Pedro, é uma reclamação. Não pelo atraso da chuva ou pelo calor inclemente. Mas pelo horário e a birra pessoal que São Pedro tem com os trabalhadores. Que horas choveu nesta quarta-feira, 24? Por volta das seis da tarde, pegando desprevinidos alguns que ainda estavam voltando do trabalho para casa. Repeteco de chuva na quinta-feira, em pleno meio dia, na hora de sair do trabalho. E assim que ponho meus pezinhos para fora de casa às duas horas para voltar ao trabalho, o que encontro? Chuva!

Liguei para um amigo advogado:

- Posso processar São Pedro por danos morais e patrimoniais?
- Pode, difícil vai ser a gente conseguir chamar ele para depor...

Ai, ai. Como ligo para os representantes dos santos no Vaticano?


1 comentários:

Criska disse...

Isso me lembra o caso de um advogado norte americano que tentou processar Deus por alguma coisa, cuja não me lembro, mas fica na história sempre a história, não o feito...rs