Juntando eu não gostar de música sertaneja, eu não gosto também de fama gratuita. Aquelas pessoas que ficam famosas não por mérito, mas simplesmente por estar na onda do momento.
Dia destes, fui à trabalho numa agência de publicidade e precisei acessar meu e-mail. A mocinha que me atendia, me levou à sala de reuniões, onde tinha um computador disponível. Quando ela abre a porta, dois homens, sentados à mesa me olharam com expectativa. A mocinha apresenta: Rafaela, estes são (não sei mesmo o nome dos caras, mas sei que são um destes da onda, novos nas paradas, tipo, sei lá, Victor e Leo) Fulaninho e Cicraninho.
Os dois estufaram o peito esperando uma reação, um pedido de autógrafos, um ar de euforia. Eu, usei da sinceridade: Desculpa, gente, mas eu não tenho a mínima idéia de quem são vocês. Sertanejo não é mesmo o meu forte.
Os dois desmoronaram na hora. Balbuciaram: Mas o nosso sertanejo não é igual a estes antigos que você ouve, não. O nosso é o sertanejo universitário (!?).
Para matar eles de vez: Mas é justo os antigos, os pioneiros, o Tonico e Tinoco que eu admiro!
Gente, não é todo dia que eu tenho a oportunidade de zoar com uma dupla sertaneja!