Os fatos e conversas mais engraçados entre eu e o Ian, meu filho de 7, quase oito anos, acontecem quase sempre assim, numa manhã de sábado. Nas manhãs de sábado que tenho mais tempo para corrigir tarefas, ver o que foi problema durante a semana, dar uma oganizada não só na casa como também no nosso diálogo. Dá também pra assistir filmes e desenhos juntos, dependendo da programação, até um cineminha à tarde.
Numa destas pitorescas manhãs, estava dobrando a roupa lavada (sim, eu realizo as infames tarefas domésticas) e assistindo TV com o Ian quando apareceu o comercial do DVD da Maria Gadú, onde ela canta um trechinho de “Shimbalaiê”. Ian, que é grande fã da música, me perguntou:
- Mamãe, o que é “Shimbalaiê”?
- Uai, Ian, não sei. Vamos ter que pesquisar.
- Mas como, se a gente não tem Google? - Estávamos sem internet em casa
- Ah! Vou te apresentar um velho amigo meu.
Corro para a estante, puxo lá do fundo, tiro a poeira do velho e querido Dicionário Aurélio e apresento para o Ian:
- Isto, Ian, é um dicionário!
Ian, grande fã da leitura, se empolgou e fomos procurar o significado da dita palavra e…. nada. Nada parecido, nenhuma citação, nada que me desse uma luz sobre o que poderia ser.
Eis que tive que, na segunda-feira, no trabalho, fazer uma pesquisa no Google para saber o que era. E só lá descobri que o termo foi criado pela própria compositora e cantora, pela simples sonoridade que a palavra produz.